Tem manhãs que desperto sacudido por sonhos juvenis.
Creio que todos os sonhos que se desenrolam em nossas vidas são pré-produções infantis,gravados entre a infância e a adolescência e exibido por toda nossa existência.
"Não podemos esmorecer!"
Este foi o último alerta que vi estampado nas faixas erguidas por uma multidão de jovens alegres na terra dos sonhos. Senti uma certa discrepância entre as imagens e a mensagem. Mas, o mundo dos sonhos é pleno de mistérios e enigmas que misturam tempos que se foram, mas, sei lá porque, permanecem.
Sequer procuro desvendar. Ao longo do dia sou contemplado com as sensações apanhadas nos domínios dos sonhos e sinto um certo desconforto em compartilha-las na dimensão da realidade real.
Enfim, sou muito egoísta com meus sonhos.
Todavia, depois que o artista John Koening publicou seu "Dicionário das Tristezas Obscuras" me dediquei a achar uma 'nova' palavra- no sentido de genuína - que pudesse expressar as tentativas de conectar as várias dimensões do real. Encontrei na palavra ‘Énouement’, cujo o verbete alude ao advento da “sensação agridoce de ter chegado no futuro, visto como tudo aconteceu, mas não ser capaz de contar para o seu EU do passado” uma significação estimulante.
Era isso que me faltava.
Que Freud me perdoe, mas sou persuadido a admitir que para além dos traumas germinais o mundo atemporal dos sonhos tem uma espantosa sinergia com o ciberespaço(vice e versa) e os meios virtuais de percepção do mundo.
A cultura digital é forjada no sonho que constrói mundos virtuais tão palpáveis quanto o real. Tangíveis a ponto de nos levar a indagar: Onde acontece a realidade real?
Como não tenho queda por fantasias surrealistas, minha tendência é considerar o real como o ‘sítio do absurdo’.
É nele, no real, que tudo é possível.É nele que se processa a fantasia, os sonhos, a vida cotidiana, a mesmice,a opressão e as revoluções.
A convergência da realidade real com a realidade virtual dilatou os canais da percepção e, por conseguinte, ampliou a comunicação interpessoal.
A vida e o mundo se estenderam para horizontes antes vivenciados apenas por poetas e destemidos aventureiros que habitavam nossos sonhos juvenis de liberdade.
Essa é a revolução que se processa AGORA que poucos tem o dom da graça de perceber e compartilhar em tempo real.
Caso compartilhem, como contemporâneos do evento, pouco ou quase nada conseguem transferir para o EU do passado que vos fala.
Diante disso é pura tolice olhar o momento atual com o paradigma que atribui totalidade ética/moral ao fator presencial. Essa virtude imposta ao EU ficou no passado por limitar o entendimento de que a experiência humana só se realiza na materialidade - corpo e a alma fincados no tempo real – que, por tratar-se de uma raridade experimental acontece em fases cruciais da existência como no nascimento, gozo, dor e na morte.
Entende-la como a única ocorrência digna de uma existência sem ‘vícios’ adquiridos na realidade virtual, é uma recorrência ao passado por temor do presente/futuro.
O duplo SER - um consciente e presencial, outro virtual e alienado - é puro blefe de quem ainda acredita na unidade do SER como estagio mais elevado da consciência.
A realidade é múltipla. Por que o SER não seria também?
As realidades se complementam e o SER que as interpenetra se expande em múltiplas percepções sensoriais.
Torço para que se instrumentalize mais rapidamente possível as ferramentas tecnológicas para a humanidade alcançar uma terceira, quarta e quinta dimensão do real sem a necessidade de uma mediação mística, uso de drogas alucinógenas ou delírio ideológico/ fundamentalista que, de acordo com a tradição arcaica, finda em servidão, tortura e guerras.
Alcançar esse estágio da evolução levará a humanidade a democratizar o acesso a dimensões hoje intransponíveis para os ‘caretas’ que, lamentavelmente, compõem a massa dos realistas crédulos e obcecados pela economia da subsistência e pelo poder político.
Tal fenômeno acarreta na mais ousada evolução da espécie.
Induzir um fundamentalista religioso radical ou um militante convicto a atravessar a limitada dimensão condicionada do real é mais transformador que uma guerra sangrenta para derrota-los.
A realidade ficará mais complexa e rica e o mundo um lugar melhor para se viver.
O diabo desse sonho é que a opção de vivenciar plenamente a realidade me leva direto para os domínios da frustração.
Talvez, por isso, o alerta: "Não podemos esmorecer!" tenha amplo significado nas muitas dimensões do real.
Ele se manifesta também como resistência objetiva ao corrupto e seu “Poder” de convencer a massa de que ela é impotente para vencê-los.
O fato é que não É!
Estamos em plena transformação.
Antes do advento das redes digitais,a resposta correta e exemplar da Operação Lava Jato, da PF, do MP e da PGR ao clamor da população, se restringiria ao campo do desejo.Além disso,sem essas ferramentas muitas pessoas sequer saberiam da extensão e malefícios causados pela população de pilantras e corruptos e seus associados que achacam o presente e comprometem o destino das futuras gerações de brasileiros.
Aos poucos os pegaremos!
Ainda tem muitos deles escondidos que serão progressivamente alcançados
Creio que todos os sonhos que se desenrolam em nossas vidas são pré-produções infantis,gravados entre a infância e a adolescência e exibido por toda nossa existência.
"Não podemos esmorecer!"
Este foi o último alerta que vi estampado nas faixas erguidas por uma multidão de jovens alegres na terra dos sonhos. Senti uma certa discrepância entre as imagens e a mensagem. Mas, o mundo dos sonhos é pleno de mistérios e enigmas que misturam tempos que se foram, mas, sei lá porque, permanecem.
Sequer procuro desvendar. Ao longo do dia sou contemplado com as sensações apanhadas nos domínios dos sonhos e sinto um certo desconforto em compartilha-las na dimensão da realidade real.
Enfim, sou muito egoísta com meus sonhos.
Todavia, depois que o artista John Koening publicou seu "Dicionário das Tristezas Obscuras" me dediquei a achar uma 'nova' palavra- no sentido de genuína - que pudesse expressar as tentativas de conectar as várias dimensões do real. Encontrei na palavra ‘Énouement’, cujo o verbete alude ao advento da “sensação agridoce de ter chegado no futuro, visto como tudo aconteceu, mas não ser capaz de contar para o seu EU do passado” uma significação estimulante.
Era isso que me faltava.
Que Freud me perdoe, mas sou persuadido a admitir que para além dos traumas germinais o mundo atemporal dos sonhos tem uma espantosa sinergia com o ciberespaço(vice e versa) e os meios virtuais de percepção do mundo.
A cultura digital é forjada no sonho que constrói mundos virtuais tão palpáveis quanto o real. Tangíveis a ponto de nos levar a indagar: Onde acontece a realidade real?
Como não tenho queda por fantasias surrealistas, minha tendência é considerar o real como o ‘sítio do absurdo’.
É nele, no real, que tudo é possível.É nele que se processa a fantasia, os sonhos, a vida cotidiana, a mesmice,a opressão e as revoluções.
A convergência da realidade real com a realidade virtual dilatou os canais da percepção e, por conseguinte, ampliou a comunicação interpessoal.
A vida e o mundo se estenderam para horizontes antes vivenciados apenas por poetas e destemidos aventureiros que habitavam nossos sonhos juvenis de liberdade.
Essa é a revolução que se processa AGORA que poucos tem o dom da graça de perceber e compartilhar em tempo real.
Caso compartilhem, como contemporâneos do evento, pouco ou quase nada conseguem transferir para o EU do passado que vos fala.
Diante disso é pura tolice olhar o momento atual com o paradigma que atribui totalidade ética/moral ao fator presencial. Essa virtude imposta ao EU ficou no passado por limitar o entendimento de que a experiência humana só se realiza na materialidade - corpo e a alma fincados no tempo real – que, por tratar-se de uma raridade experimental acontece em fases cruciais da existência como no nascimento, gozo, dor e na morte.
Entende-la como a única ocorrência digna de uma existência sem ‘vícios’ adquiridos na realidade virtual, é uma recorrência ao passado por temor do presente/futuro.
O duplo SER - um consciente e presencial, outro virtual e alienado - é puro blefe de quem ainda acredita na unidade do SER como estagio mais elevado da consciência.
A realidade é múltipla. Por que o SER não seria também?
As realidades se complementam e o SER que as interpenetra se expande em múltiplas percepções sensoriais.
Torço para que se instrumentalize mais rapidamente possível as ferramentas tecnológicas para a humanidade alcançar uma terceira, quarta e quinta dimensão do real sem a necessidade de uma mediação mística, uso de drogas alucinógenas ou delírio ideológico/ fundamentalista que, de acordo com a tradição arcaica, finda em servidão, tortura e guerras.
Alcançar esse estágio da evolução levará a humanidade a democratizar o acesso a dimensões hoje intransponíveis para os ‘caretas’ que, lamentavelmente, compõem a massa dos realistas crédulos e obcecados pela economia da subsistência e pelo poder político.
Tal fenômeno acarreta na mais ousada evolução da espécie.
Induzir um fundamentalista religioso radical ou um militante convicto a atravessar a limitada dimensão condicionada do real é mais transformador que uma guerra sangrenta para derrota-los.
A realidade ficará mais complexa e rica e o mundo um lugar melhor para se viver.
O diabo desse sonho é que a opção de vivenciar plenamente a realidade me leva direto para os domínios da frustração.
Talvez, por isso, o alerta: "Não podemos esmorecer!" tenha amplo significado nas muitas dimensões do real.
Ele se manifesta também como resistência objetiva ao corrupto e seu “Poder” de convencer a massa de que ela é impotente para vencê-los.
O fato é que não É!
Estamos em plena transformação.
Antes do advento das redes digitais,a resposta correta e exemplar da Operação Lava Jato, da PF, do MP e da PGR ao clamor da população, se restringiria ao campo do desejo.Além disso,sem essas ferramentas muitas pessoas sequer saberiam da extensão e malefícios causados pela população de pilantras e corruptos e seus associados que achacam o presente e comprometem o destino das futuras gerações de brasileiros.
Aos poucos os pegaremos!
Ainda tem muitos deles escondidos que serão progressivamente alcançados