Ontem,retornando de viagem, resolvi dar inicio a um pacto de convivência pacifica comigo mesmo.De cara me impus uma dieta preparatória para a convenção secular do “Ano Novo,vida nova”.Fucei meus hábitos e entre as coisas mais nocivas em minha dieta diária identifiquei uma que pede providencias urgentes:descartar,no período festivo, o consumo excessivo de informações produzidas pela industria da comunicação. Com os fatos que brotam diariamente em Brasilia essa decisão é difícil de ser cumprida.Naquelas plagas a fartura de infos industrializadas é gigantesca, quando vou para lá carrego um bom suprimento literário.O livro O Artífice de Richard Sennett é um alimento rico e nutritivo que me manteve bem alimentado durante parte de minha estadia. Contudo,os amigos que la estavam me relatavam os episódios da politica local .Como sou escravo de uma mórbida curiosidade por fenômenos grotescos, acabava abandonando a saborosa leitura e ligando a TV, o mais poderoso ícone da fast info indigesta. Nesses momentos o pico de colesterol nocivo espalha pelo organismo desencadeando uma reação física e mental desconfortável prostrando o individuo na cama do hotel com os olhos vidrados no espetáculo da noticia. Sei que isso engorda e não traz nenhum beneficio para saúde.Sou obrigado a reconhecer que o marketing dos maitres da noticia é muito poderoso. Em todos os canais de noticia a “piece de resistence” do momento é O Aquecimento Global.Ha algum tempo uma unica vertente de opinião sobre o fenômeno climático é disponibilizada pelos fornecedores de fast info. Essa fantástica convergência merece,no minimo, uma reflexão mais aprofundada do consumidor de noticia.
No menu nacional a tradição impera. Os pratos mais requisitados são sempre os mesmos.Todos de reconhecida toxidade :Tornedor a la Temer, Tostado de Arruda, MST provençal, Mexilhões ao estudante rebelado,Arrumadinhos do Senado,Posta de Sarney fessandée,Pizza de CPIs, Lula a la Maitre d’hotel. No menu internacional : Cosidos a la Ahmadinejad, Al Gore gratinado etc.Esses pratos, temperados ao gosto do chef de edição, interferem consideravelmente na digestão do consumidor.
Um sinal de alerta me induzia alcançar a mesa onde repousava meu EEBook.Se conseguisse, poderia acessar outras fontes.Reuni forças e abri as páginas virtuais. Penetrei na blogosfera e respirei aliviado ao dar de cara com delicioso artigo de Ivan Lessa- Caetano Veloso e outras curiosidades- no site da BBC, que coloca,qual um Diderot contemporâneo, a influência dos almanaques na formação da minha geração.Se a Enciclopédia de Diderot foi um passo importante em direção ao Iluminismo,porque não admitir que o Almanaque tenha surtido grande efeito na formação da geração pós segunda grande guerra?Num viés diferente,raso e muito objetivo, a cultura dos Almanaques mostra sua potencia na forma de atuação de alguns ícones da pós-modernidade. O grupo de cientistas e intelectuais que contribuíram com Diderot na elaboração da Enciclopédia (aqui Sennett entra na discussão) “pautavam pelo método de experimentação e erro.(...)esse processo seguia um caminho que ia dos muitos erros para número de erros menor,num constante e progressivo aperfeiçoamento através da experiência..(...)”Faça-se aprendiz e produza maus resultados para tornar-se capaz de ensinar aos outros como produzir bons resultados”.Os maus resultados induzirão as pessoas a raciocinar com mais afinco,e assim melhorar.”
Para os companheiros de Diderot, os criadores do Almanaque seriam figuras antagônicas
antagônicas dado que seus verbetes são afirmações peremptórias de verdades inúteis e, maior parte das vezes, inócuas para a formação de um sentido critico sobre si próprio.Porém,é aceitável a ideia de que a cultura do Almanaque consolidou o mito do marketing.
No menu nacional a tradição impera. Os pratos mais requisitados são sempre os mesmos.Todos de reconhecida toxidade :Tornedor a la Temer, Tostado de Arruda, MST provençal, Mexilhões ao estudante rebelado,Arrumadinhos do Senado,Posta de Sarney fessandée,Pizza de CPIs, Lula a la Maitre d’hotel. No menu internacional : Cosidos a la Ahmadinejad, Al Gore gratinado etc.Esses pratos, temperados ao gosto do chef de edição, interferem consideravelmente na digestão do consumidor.
Um sinal de alerta me induzia alcançar a mesa onde repousava meu EEBook.Se conseguisse, poderia acessar outras fontes.Reuni forças e abri as páginas virtuais. Penetrei na blogosfera e respirei aliviado ao dar de cara com delicioso artigo de Ivan Lessa- Caetano Veloso e outras curiosidades- no site da BBC, que coloca,qual um Diderot contemporâneo, a influência dos almanaques na formação da minha geração.Se a Enciclopédia de Diderot foi um passo importante em direção ao Iluminismo,porque não admitir que o Almanaque tenha surtido grande efeito na formação da geração pós segunda grande guerra?Num viés diferente,raso e muito objetivo, a cultura dos Almanaques mostra sua potencia na forma de atuação de alguns ícones da pós-modernidade. O grupo de cientistas e intelectuais que contribuíram com Diderot na elaboração da Enciclopédia (aqui Sennett entra na discussão) “pautavam pelo método de experimentação e erro.(...)esse processo seguia um caminho que ia dos muitos erros para número de erros menor,num constante e progressivo aperfeiçoamento através da experiência..(...)”Faça-se aprendiz e produza maus resultados para tornar-se capaz de ensinar aos outros como produzir bons resultados”.Os maus resultados induzirão as pessoas a raciocinar com mais afinco,e assim melhorar.”
Para os companheiros de Diderot, os criadores do Almanaque seriam figuras antagônicas
antagônicas dado que seus verbetes são afirmações peremptórias de verdades inúteis e, maior parte das vezes, inócuas para a formação de um sentido critico sobre si próprio.Porém,é aceitável a ideia de que a cultura do Almanaque consolidou o mito do marketing.
Em síntese: qualquer coisa,objeto ou ideia,independentemente de seu valor intrínseco tem um preço e comprador certo.
Lessa nos lembra em seu artigo que a controvérsia provocada por Caetano Veloso na entrevista em que chamou o presidente Lula de “analfabeto”, “cafona” e “grosseiro” era um instrumento dessa lógica com objetivo de nos assegurar uma coisa: vem aí lançamento de show, disco ou DVD dele mesmo.
Entre outras curiosidades, Lessa informa que Almanaque divulgou uma pesquisa, sem referências precisas, que conclui: “O músculo mais forte do corpo humano é a língua”.
Depois dessa deliciosa passagem visitei as paginas do Facebook,Twitter e blogs e me voltou a sensação de que o sabor das palavras e das idéias é alimento melhor digerido por consumidor exigente.
Lessa nos lembra em seu artigo que a controvérsia provocada por Caetano Veloso na entrevista em que chamou o presidente Lula de “analfabeto”, “cafona” e “grosseiro” era um instrumento dessa lógica com objetivo de nos assegurar uma coisa: vem aí lançamento de show, disco ou DVD dele mesmo.
Entre outras curiosidades, Lessa informa que Almanaque divulgou uma pesquisa, sem referências precisas, que conclui: “O músculo mais forte do corpo humano é a língua”.
Depois dessa deliciosa passagem visitei as paginas do Facebook,Twitter e blogs e me voltou a sensação de que o sabor das palavras e das idéias é alimento melhor digerido por consumidor exigente.
postado eeBook Adriano de Aquino