Termos arcaicos guardam mistérios encantadores para quem gosta da "onda" do pensamento. Uma das melhores coisas da vida é penetrar labirintos nos quais só se percebe algumas pistas quando já esta dentro dele.
Ah!Que prazer teria se as instalações fossem assim!Templos/labirínticos multi dimensionais que proporcionassem experiências únicas e estimulantes. Porém, na atualidade, os espaços míticos perderam a graça. Uma planta e indicações de percurso desviam o individuo para um trajeto projetado. Textos teóricos, miríades de citações das mais diversas correntes do pensamento moderno se fixam na entrada das instalações pós modernas. É uma espécie de mapa mental.Quase esqueci as placas de honrarias:Pavilhão Walter Benjamim;Pavilhão Merlau Ponty;Pavilhão Adorno(gostando ou não, de rituais consumistas). Seguindo as indicações curatoriais especialmente criadas em laboratório, o visitante não corre o risco de se perder, mas, também não tem nenhuma chance de achar, ou melhor, encontrar algo além da sensação de êxtase coletivo. Algo similar a um culto religioso arcaico, do qual o fiel só conhece os milagres.Na marcha, os "cordeiros" compartilham códigos, não descobertas. O fenômeno é a marcha em direção as Mona(s) Lisa(s) renascidas. Por muito menos Cristo expulsou fariseus do templo. Deus morreu para que a ciência triunfasse. Uma causa nobre, diria. Hoje, uma orda de templários Bienalicos (sic) faz o percurso da mesma forma que multidões de muçulmanos se dirigem a Meca. Celebrações coletivas. Nem Deus, nem Ciência (conhecimento) nem Arte.
Afinal, pra que?
Afinal, pra que?