Ontem,o Teatro Sanders/Harvard,apresentou
mais uma edição do prêmio IgNobel.
Esse prêmio é o único que considero
ajustado às transformações da atualidade. Ele é conferido a pessoas cujas
façanhas científicas "primeiro fazem rir, e depois fazem pensar".
As velhas austeras premiações, as
solenidades das Academias de Arte e demais segmentos da indústria cultural são
comemorações espetaculares, mas, circunscritas aos velhos parâmetros de
consagração.
Sim! São bacanas e milionárias,
porém, falta-lhes um olhar crítico e desafiador frente ao futuro, capaz de
reverter o pessimismo global diante das ameaças que se acumulam.
O físico francês Marc-Antoine Fardin
recebeu o IgNobel da sua especialidade graças a um estudo que investiga se os
gatos podem ser considerados matéria líquida.
Outro francês, Jean-Pierre Royet, da
Universidade de Lyon, usou imagens de ressonância magnética para estudar a
atividade cerebral das pessoas que tem repulsa a queijo. Sua pesquisa concluiu
que quando essas pessoas cheiram queijo cheddar e gruyère um centro de
recompensa associado à alimentação desliga-se e outras regiões do cérebro são
ativadas.
A equipe de pesquisadores liderada
por Kazunori Yoshizawa, da Universidade de Hokkaido, Japão, descobriu que
insetos que habitam grutas no Brasil têm “um pênis feminino e uma vagina
masculina”. Por essa façanha ganhou o prêmio de biología.