domingo, agosto 07, 2016

Astucia festiva


























O Marxismo Cultural na Cerimônia de Abertura da Olimpíada do Rio de Janeiro

Gabriel de Castro Arruda para National Review /06 de agosto de 2016





O Brasil deveria ter vergonha de sua pobreza, não exalta-la. A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos não está sendo prejudicada por terroristas, bandos de criminosos ou um ataque maciço de Zika. Ela foi razoavelmente divertida. A simbologia que o Brasil escolheu para se apresentar ao mundo, no entanto, foi falha. O show da noite sexta-feira começou com uma representação do movimento da história do país desde a chegada do Português. Mas logo depois ficou claro que para os organizadores, este foi apenas um preâmbulo para o que consideravam apoteose do show: meninos da favela que executam uma versão de Terceiro Mundo de break dance e um duo rapper - um deles, de apenas doze anos – falando do poder feminino. Nenhuma surpresa. Um dos cérebros por trás da cerimônia foi Fernando Meirelles, o cineasta responsável pelo show, aclamado com o filme Cidade de Deus, eleito a joia da estética das favelas. A ‘intelligentsia’ do Rio é fascinada pela própria pobreza da cidade, como se as favelas sejam algo que o Brasil deve se orgulhar, ao invés de se envergonhar. Imagine se os Jogos Olímpicos de Atenas destacando a corrupção da Grécia contemporânea em vez da mitologia do país, ou se Pequim decidisse mostrar a sua poluição do ar, em vez de a grandeza da China. 
A pobreza não é o Brasil. Felizmente, não haverá nem pobreza nem favelas no Brasil do futuro. Mas a partir de onde, então, os marxistas culturais tropicais poderão obter sua mitologia? Assim como a violência contra os negros (reais ou imaginários) é parte integrante da narrativa cultural continuada da esquerda dos EUA, a pobreza desempenha um papel semelhante para a esquerda no Brasil. Não é por acaso que a cerimônia não fez nenhuma referência a qualquer coisa que possa ser visto como erudita ou de alguma forma ligados à tradição europeia (por exemplo, a magnífica arquitetura de Aleijadinho, as óperas de Carlos Gomes, ou a música clássica moderna de Heitor Villa- Lobos). Os discípulos brasileiros da Escola de Frankfurt só conhecem suas leis: O único tipo de cultura que importa é a cultura popular. A cultura popular se encaixa na luta ideológica de construção de um "novo mundo" [e do novo homem]. É por isso que, na cerimônia de abertura, o tipo mais popular de música no Brasil foi completamente ignorado. A música sertaneja, que nasceu nas áreas rurais e ainda é a única forma de música apreciada em todas as regiões desse país continental, não teve qualquer referência. Apesar de ter sido adulterada pela indústria da música nos últimos anos, a música sertaneja ainda é a melhor representação da alma do povo brasileiro que é basicamente cristã, feita pessoas trabalhadoras que dão valor à família e a tradição. Desculpe, mas o brasileiro médio não é um boêmio que bebe uma caipirinha em Copacabana. As cerimônia poderia ter apresentado um dos mais populares cantores do país, o Sergio Reis, que canta sobre um pobre pai que cuidou e manteve seis filhos, bem como um filho adotivo. Nos dias finais do pai, o filho adotivo acaba por ser o único que se preocupa mais sobre ele: “Que Deus proteja meus sete filhos amados Mas era meu filho adotivo que ajudou esse velho Poderia ter destaque.
 "Romaria", uma canção popular do cantor Renato Teixeira que retrata a devoção espiritual profunda do homem católico comum. Disseram-me, no entanto, que eu deveria vir aqui solicitar, através de peregrinação e oração Paz na dificuldade. Desde que eu não sei rezar eu só queria mostrar o meu olhar.”

 Em vez disso, o que o mundo viu esta sexta-feira foram performances de um apologista da maconha conhecido (Marcelo D2), a Beyoncé-wannabee cujas canções raramente tocam em nada, mas a ‘sexy’ Anitta e Gilberto Gil, um antigo discípulo da escola da esquerda que ao menos tem algum talento. Adicionar em algum ponto a pregação da mudança climática, completou a noite. MAIS JOGOS OLÍMPICOS BLAME IT ON RIO OS JOGOS OLÍMPICOS RIO: TRAVE A FEBRE! FAÇA A OLIMPÍADA GREAT AGAIN. (...)Enquanto isso, no mundo real, as autoridades locais não conseguiram despoluir as águas da Baía de Guanabara para torná-lo razoavelmente seguro para os atletas. E, adivinha? As favelas, que os esquerdistas querem ter certeza de permanecer sempre favelas, são a principal razão para isso, uma vez que é impossível oferecer saneamento decente nessas condições. O Terceiro Mundo cultural marxista quer certificar-se o Brasil nunca será grande.