O Marxismo Cultural na Cerimônia de Abertura da Olimpíada do Rio de Janeiro
Gabriel de Castro Arruda para National Review /06 de agosto de 2016
O Brasil deveria ter vergonha de sua
pobreza, não exalta-la. A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos não está
sendo prejudicada por terroristas, bandos de criminosos ou um ataque maciço de
Zika. Ela foi razoavelmente divertida. A simbologia que o Brasil escolheu para
se apresentar ao mundo, no entanto, foi falha. O show da noite sexta-feira começou
com uma representação do movimento da história do país desde a chegada do
Português. Mas logo depois ficou claro que para os organizadores, este foi
apenas um preâmbulo para o que consideravam apoteose do show: meninos da favela
que executam uma versão de Terceiro Mundo de break dance e um duo rapper - um deles,
de apenas doze anos – falando do poder feminino. Nenhuma surpresa. Um dos
cérebros por trás da cerimônia foi Fernando Meirelles, o cineasta responsável pelo
show, aclamado com o filme Cidade de Deus, eleito a joia da estética das
favelas. A ‘intelligentsia’ do Rio é fascinada pela própria pobreza da cidade,
como se as favelas sejam algo que o Brasil deve se orgulhar, ao invés de se
envergonhar. Imagine se os Jogos Olímpicos de Atenas destacando a corrupção da
Grécia contemporânea em vez da mitologia do país, ou se Pequim decidisse
mostrar a sua poluição do ar, em vez de a grandeza da China.
A pobreza não é o Brasil.
Felizmente, não haverá nem pobreza nem favelas no Brasil do futuro. Mas a
partir de onde, então, os marxistas culturais tropicais poderão obter sua
mitologia? Assim como a violência contra os negros (reais ou imaginários) é
parte integrante da narrativa cultural continuada da esquerda dos EUA, a
pobreza desempenha um papel semelhante para a esquerda no Brasil. Não é por
acaso que a cerimônia não fez nenhuma referência a qualquer coisa que possa ser
visto como erudita ou de alguma forma ligados à tradição europeia (por exemplo,
a magnífica arquitetura de Aleijadinho, as óperas de Carlos Gomes, ou a música
clássica moderna de Heitor Villa- Lobos). Os discípulos brasileiros da Escola
de Frankfurt só conhecem suas leis: O único tipo de cultura que importa é a
cultura popular. A cultura popular se encaixa na luta ideológica de construção
de um "novo mundo" [e do novo homem]. É por isso que, na cerimônia de
abertura, o tipo mais popular de música no Brasil foi completamente ignorado. A
música sertaneja, que nasceu nas áreas rurais e ainda é a única forma de música
apreciada em todas as regiões desse país continental, não teve qualquer referência.
Apesar de ter sido adulterada pela indústria da música nos últimos anos, a música
sertaneja ainda é a melhor representação da alma do povo brasileiro que é
basicamente cristã, feita pessoas trabalhadoras que dão valor à família e a
tradição. Desculpe, mas o brasileiro médio não é um boêmio que bebe uma caipirinha
em Copacabana. As cerimônia poderia ter apresentado um dos mais populares cantores
do país, o Sergio Reis, que canta sobre um pobre pai que cuidou e manteve seis filhos,
bem como um filho adotivo. Nos dias finais do pai, o filho adotivo acaba por
ser o único que se preocupa mais sobre ele: “Que Deus proteja meus sete filhos
amados Mas era meu filho adotivo que ajudou esse velho Poderia ter destaque.
"Romaria", uma canção popular do
cantor Renato Teixeira que retrata a devoção espiritual profunda do homem
católico comum. Disseram-me, no entanto, que eu deveria vir aqui solicitar,
através de peregrinação e oração Paz na dificuldade. Desde que eu não sei rezar
eu só queria mostrar o meu olhar.”
Em vez disso, o que o mundo viu esta
sexta-feira foram performances de um apologista da maconha conhecido (Marcelo
D2), a Beyoncé-wannabee cujas canções raramente tocam em nada, mas a ‘sexy’
Anitta e Gilberto Gil, um antigo discípulo da escola da esquerda que ao menos
tem algum talento. Adicionar em algum ponto a pregação da mudança climática,
completou a noite. MAIS JOGOS OLÍMPICOS BLAME IT ON RIO OS JOGOS OLÍMPICOS RIO:
TRAVE A FEBRE! FAÇA A OLIMPÍADA GREAT AGAIN. (...)Enquanto isso, no mundo real,
as autoridades locais não conseguiram despoluir as águas da Baía de Guanabara
para torná-lo razoavelmente seguro para os atletas. E, adivinha? As favelas,
que os esquerdistas querem ter certeza de permanecer sempre favelas, são a
principal razão para isso, uma vez que é impossível oferecer saneamento decente
nessas condições. O Terceiro Mundo cultural marxista quer certificar-se o
Brasil nunca será grande.