Não é difícil entender!
O que é difícil é situar a mentalidade dominante, aparentemente aberta à fruição da arte, no contexto da cultura contemporânea. Alguns simpatizantes das ‘vanguardas’ da atualidade- artistas/espectadores- manifestam aversão espantosa contra quem quer que ouse criticar o que se auto denomina arte no tempo presente. O poeta Ferreira Gullar, por exemplo, já deve ter sido mandado para o fogo do inferno centenas de vezes. Mas, para aporrinhação dos seus oponentes, o poeta não se queima e, para piorar, se nega ao silencio. Ele vai a uma exposição e dela sai sentando o cacete na maioria das obras que viu. Em sucessivos textos o poeta afirma que a maior parte das obras hoje consideradas como arte, não são Arte. Isso não seria nada demais caso os leitores ofendidos não partissem para a contra ofensiva.
Oh!Deus!Para piorar as coisas, eles se aventuram.
Partem açodadamente em defesa do que estimam como um campo aberto a todas as formas de expressão com a fúria dos combatentes de uma guerra santa. O paradoxo da aventura arrebatada em defesa da trincheira- ‘arte é tudo que eu digo que é arte’- é tão evidente quanto um elefante vermelho num cubo branco.
As argumentações restritivas ao livre pensar e à crítica autônoma que advogam chega às raias do ridículo. Os argumentos se restringem a negação explicita ao direito de expressão dos contrários.
Amparados na censura mais imbecil que existe esbravejam orgulhosos de suas vanguardices: “Múmia!Reacionário! Conservador.”
Pronto!Disseram tudo esbravejando suas maldições contra os seus críticos.
Suponhamos que o foco dessa arenga fosse, de fato, a defesa da arte e não a expressão particular de um ou outro artista. Suponhamos, também, que o FG não publicasse seus artigos num jornal. Seriam seus pensamentos tão relevantes para o circuito das artes visuais?
Tenho certeza que não!
Os textos do poeta, hostis a grande parte da produção da atualidade, podem até não induzir a reflexões profundas sobre a arte do momento. Todavia, por serem publicados em veículos da grande imprensa incidem em visibilidade. Visibilidade é uma peça chave no atual sistema de arte e,sobretudo, para o mercado.
Ir a guerra sem ter clareza contra quem se combate é uma idiotice completa. Alistar-se no batalhão dos fieis ao deus da Arte sem carregar uma fileira de explosivos na cintura é coisa para amadores.
Assim,os ‘radicais’ que não tem como alvo os templos da Arte,mas,sim seus críticos e oponentes,continuam contribuindo com seus dízimos para a grandeza e a riqueza do sistema.
E a arte?
Ora,tudo É!
Dizem por aí.
O que é difícil é situar a mentalidade dominante, aparentemente aberta à fruição da arte, no contexto da cultura contemporânea. Alguns simpatizantes das ‘vanguardas’ da atualidade- artistas/espectadores- manifestam aversão espantosa contra quem quer que ouse criticar o que se auto denomina arte no tempo presente. O poeta Ferreira Gullar, por exemplo, já deve ter sido mandado para o fogo do inferno centenas de vezes. Mas, para aporrinhação dos seus oponentes, o poeta não se queima e, para piorar, se nega ao silencio. Ele vai a uma exposição e dela sai sentando o cacete na maioria das obras que viu. Em sucessivos textos o poeta afirma que a maior parte das obras hoje consideradas como arte, não são Arte. Isso não seria nada demais caso os leitores ofendidos não partissem para a contra ofensiva.
Oh!Deus!Para piorar as coisas, eles se aventuram.
Partem açodadamente em defesa do que estimam como um campo aberto a todas as formas de expressão com a fúria dos combatentes de uma guerra santa. O paradoxo da aventura arrebatada em defesa da trincheira- ‘arte é tudo que eu digo que é arte’- é tão evidente quanto um elefante vermelho num cubo branco.
As argumentações restritivas ao livre pensar e à crítica autônoma que advogam chega às raias do ridículo. Os argumentos se restringem a negação explicita ao direito de expressão dos contrários.
Amparados na censura mais imbecil que existe esbravejam orgulhosos de suas vanguardices: “Múmia!Reacionário! Conservador.”
Pronto!Disseram tudo esbravejando suas maldições contra os seus críticos.
Suponhamos que o foco dessa arenga fosse, de fato, a defesa da arte e não a expressão particular de um ou outro artista. Suponhamos, também, que o FG não publicasse seus artigos num jornal. Seriam seus pensamentos tão relevantes para o circuito das artes visuais?
Tenho certeza que não!
Os textos do poeta, hostis a grande parte da produção da atualidade, podem até não induzir a reflexões profundas sobre a arte do momento. Todavia, por serem publicados em veículos da grande imprensa incidem em visibilidade. Visibilidade é uma peça chave no atual sistema de arte e,sobretudo, para o mercado.
Ir a guerra sem ter clareza contra quem se combate é uma idiotice completa. Alistar-se no batalhão dos fieis ao deus da Arte sem carregar uma fileira de explosivos na cintura é coisa para amadores.
Assim,os ‘radicais’ que não tem como alvo os templos da Arte,mas,sim seus críticos e oponentes,continuam contribuindo com seus dízimos para a grandeza e a riqueza do sistema.
E a arte?
Ora,tudo É!
Dizem por aí.