Foi com tristeza que recebi na segunda feira (27/07) a noticia da morte de Rubem Ludolf. Rubem, um amigo e pintor dedicado, ligado ao construtivismo brasileiro, deixa um legado de obras inteligentes e belas. Em meados de 1950 Ludolf participou do Grupo Frente que se constituiu um marco para pensamento construtivo na arte brasileira. Em 1954, uma mostra na Galeria do Ibeu, no Rio de Janeiro apresentada por Ferreira Gullar , reunindo os artistas Aluísio Carvão, Carlos Val , Décio Vieira , Ivan Serpa, João José da Silva Costa, Lygia Clark , Lygia Pape e Vicent Ibberson , a maioria alunos ou ex-alunos de Serpa nos cursos do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro,revelou ao publico os desdobramentos dessa importante corrente estética.
Na contramão dos aforismos de Wahrol -"A arte suprema é o negócio" e o prestígio do artista recluso é coisa do passado,a contemporaneidade é o tempo do brilho das celebridades midiáticas- Ludolf,manteve-se isolado do circuito de artes e afastado da mídia. Graças a alguns apreciadores isentos que vêem o negocio como uma instância secundaria, o artista foi relembrado em 2002, com uma grande exposição no Museu Nacional de Belas Artes e no início deste ano na Caixa Cultural, no Rio.Além dessas exposições Ludolf integrou a bonita e bem organizada publicação –The Art Book of Brasil- que teve a curadoria do critico Paulo Klein,recentemente lançada.