A tentativa de cercear a campanha política de 2010 na internet tornou publica mais uma safadeza do Senado Federal. As manobras que já circulavam nos bastidores e recentemente apareceram na mídia, ensejavam impor limitações ao uso livre da internet na próxima campanha eleitoral. Para muitos senadores os descalabros que produzem, os quais somos intimados a assistir todos os dias, não são suficientes para nos esgotar. É preciso ir além, mais fundo na ignorância e no desprezo pela inteligência do cidadão. A recente tentativa de restringir o uso das novas tecnologias de comunicação revela o grau de atraso mental a que estão sujeitos. Essa tentativa de agora, não é a primeiro caso. Outras maquinações parlamentares, a titulo de legislação especifica que visam restringir a livre circulação da informação virtual, já foram aventadas. O pouco que sabem a respeito das transformações culturais impulsionadas pela internet já é o suficiente para alertá-los de que um novo inimigo, mais poderoso que os bandos políticos locais, constitui uma grande ameaça. A maneira de um censor boçal não pretendem estudar o novo fenômeno de comunicação global. Suas mentalidades tacanhas só produzem reações viscerais. Proibir, controlar, cecear são palavras que lhes trazem paz.,Experts em corrupção e auto favorecimento, atos secretos e nomeação de familiares, não conseguem, no âmbito das idéias, ir além do velho habito coercivo. Falam para o povo até onde o povo entende de política. E, basta!
Subvertem o dicionário alegando que o cambalacho que prolifera no ambiente parlamentar é Política real, com P maiúsculo.Coisa de Profissional - com P maiúsculo também.Incapazes de entender as mudanças de nosso tempo produzem asneiras sucessivas. Entendem como poucos de transações mesquinhas e retrogradas. Contudo, mesmo se beneficiando de informações privilegiadas temem as mudanças que se instalam no processo de construção de uma nova cultura. Sabemos que as transformações de mentalidade ocorrem no mesmo tempo das reações conservadoras. Tal percurso é sempre tortuoso, entulhado de personagens e praticas arcaicas que se debatem para prosseguir usufruindo. Os patriarcas senatoriais, parte dominante da ralé política, ainda que não vislumbre a extensão e a profundidade das mudanças em curso, já intuíram que tal movimentação tem na internet um foco contundente. Com os meios intelectuais de que dispõem alguns senadores só conseguem ver salvação para sua espécie se tiverem como controlar a rede virtual. Imagino as bobagens que pensam sobre as comunidades virtuais, as redes sociais e etc.
Com a tentativa recente uma coisa ficou clara: se pudessem controlar os novos meios de comunicação através de um ato secreto estariam mais tranqüilos. Mas, ao contrario do coronel do sertão que controla os currais eleitorais, não há como controlar a internet, restringir a opinião livre e democrática, a crescente participação política e o clamor por reformas.