A 14ª
edição da mais badalada exposição mundial de arte contemporânea inaugurou sábado(08/04).
Pela primeira vez a mostra acontece em Atenas. A imprensa alemã informou
que muitos moradores da capital grega nem mesmo ficaram sabendo do evento.
O blasé
curador da edição preferiu que o público descobrisse a exposição por si mesmo em
vez de apresenta-la como um espetáculo mundial da arte ou se deixar
instrumentalizar pelo marketing da cidade. Curador muito artístico é assim! Deve
contestar a massificação dos meios de comunicação e cunhar uma ‘marca’ pessoal, capaz valorizar
suas escolhas estéticas no mercado de arte. Não há nenhuma ideia original. É só
mais um viés do paradoxo mais palatável para o sistema da arte atual.
Bem que eu
gostaria de dar mais atenção às propostas curatoriais exóticas que surgem a
cada temporada no campo das artes visuais.
De ano
para ano, meu desinteresse mais se consolida.
Adam
Szymczyk, diretor artístico da Documenta 14, mostra mais uma vez o quanto é enfadonho
ressuscitar experimentos do passado para ilustrar a arte do presente. O
curador, inspirado nas ideias do músico vanguardista britânico Cornelius Cardew (7 de maio de 1936 -13 de dezembro de 1981), pinçou a frase do citado: "Desaprender
é a chave do aprendizado" que, aliás, desde o despertar do mundo moderno foi dita das formas e estilos mais variados, para
confirmar minhas expectativas sobre a gradativa e inexorável decadência do pensamento sobre Arte. Ao ser
indagado sobre o que significa ‘aprender de Atenas’, Adam Szymczyk respondeu:
"Deixar o pré-concebido e entrar num estado de desconhecimento."
Ok!
Baby...