terça-feira, abril 18, 2017




A 14ª edição da mais badalada exposição mundial de arte contemporânea inaugurou sábado(08/04). Pela primeira vez a mostra acontece em Atenas. A imprensa alemã informou que muitos moradores da capital grega nem mesmo ficaram sabendo do evento.
O blasé curador da edição preferiu que o público descobrisse a exposição por si mesmo em vez de apresenta-la como um espetáculo mundial da arte ou se deixar instrumentalizar pelo marketing da cidade. Curador muito artístico é assim! Deve contestar a massificação dos meios de comunicação e cunhar uma ‘marca’ pessoal, capaz valorizar suas escolhas estéticas no mercado de arte. Não há nenhuma ideia original. É só mais um viés do paradoxo mais palatável para o sistema da arte atual.   
Bem que eu gostaria de dar mais atenção às propostas curatoriais exóticas que surgem a cada temporada no campo das artes visuais.
De ano para ano, meu desinteresse  mais se consolida.
Adam Szymczyk, diretor artístico da Documenta 14, mostra mais uma vez o quanto é enfadonho ressuscitar experimentos do passado para ilustrar a arte do presente. O curador, inspirado nas ideias do músico vanguardista britânico Cornelius Cardew (7 de maio de 1936 -13 de dezembro de 1981), pinçou a frase do citado: "Desaprender é a chave do aprendizado" que, aliás, desde o despertar do mundo moderno foi dita das formas e estilos mais variados, para confirmar minhas expectativas sobre a gradativa e inexorável  decadência do pensamento sobre Arte. Ao ser indagado sobre o que significa ‘aprender de Atenas’, Adam Szymczyk respondeu: "Deixar o pré-concebido e entrar num estado de desconhecimento."

Ok! Baby...