terça-feira, novembro 20, 2012

POBREZA OSTENSIVA


POBREZA OSTENSIVA
(comenta/post)
A soberba por trás da sucessiva divulgação dos bilionários ganhos financeiros das operações do mercado de arte (leilões, feiras, marketing cultural e planos de ações táticas visam,sobretudo, gerar falsa polemica em relação aos preços, em detrimento do valor intrínseco de uma obra de arte. Essas estrategias nada acrescentam-alem de grana- a substancia 'espiritual' das obras do passado,assim como não projetam inteligência no presente.
São,apenas,táticas que aviltam a sensibilidade e a inteligencia. Não somente do ponto de vista do desprezo absoluto pelo valor intrínseco da criação e da arte e seus desdobramentos no campo do sensível. Essa dinâmica artificial revela como essas jogadas são grotescas,um verdadeiro deboche dos cultuados vencedores a todo o percurso do homem na longa e interminável caminhada sobre o planeta. No plano do real tudo é acachapante,beira o ridículo. O homem não é um exemplo de sabedoria e sensibilidade.
Mas,também não precisa ser tão estupido a ponto de dedicar sua existência em comemorar ganhos financeiros. Ha que se saber a medida certa para não ostentar a competição como vitoria que concentra mais opressão econômica e indulgencia cultural.
É isso que agora acontece no des-mundo da arte. O brilho do mercado se tornou ‘A’ inspiração de muitos artistas que moldam seus perfis de acordo com as tendências estéticas oscilantes na intenção de projetar sua marca e gerar demanda para sua produção.O jogo é frio e taxativo e, como tudo mais que se molda no real, amesquinha o espírito humano. O que mais se destaca nessa exibição de poder econômico é a boçalidade e o grotesco. Episódios repugnantes de subserviência e inveja são os sentimentos que mais se destacam diante dos lances financeiros que visam elevar à gloria eterna um objeto consagrado pela cultura mercantil de um tempo.Só podemos lamentar diante da bilionária pobreza que excita os ânimos e a ambição e despreza os sentidos e as experiências oriundas das trocas com obras de arte que,paulatinamente, deixa de lado o poder de proporcionar encontros com a sensibilidade,a graça,a beleza e a inteligência para se converter em maquininha para faturar bilhões de $s.
Na mão de boçais tanto a riqueza quanto a pobreza podem ser ostensivas.

segunda-feira, novembro 19, 2012

O DES-MUNDO DA ARTE










  1. NAUFRAGANDO EM NÚMEROO DES-MUNDO DA ARTE 
    NAUFRAGANDO EM NÚMEROS
    Se vc está de saco cheio das enfadonhas analises dos experts(mestrando em arte ou jornalismo cultural gerado nas universidades do país)que se dedicam a escrever sobre o que é 'bom' em arte,enaltecendo um 'gênio' da atualidade ou,fica irritado quando le nos cadernos culturais notas de exaltação aos preços da obra de uma celebridade da arte contemporânea, hoje,não tem mais esse motivo para se aborrecer. Esses produtos da mídia se tornaram obsoletos do ponto de vista cultural.Ao adotarem as funções mecânicas de uma ferramenta do sistema de marketing planejado para alavancar as vendas de novos produtos estéticos,eles se tornaram resenhas financeiras.
    A informação mais complexa e rica sobre pensamento e arte se perdeu nos arquivos dos velhos jornais.
    O que hoje aparece com destaque e impressiona tanto os artistas quanto os consumidores de mitologia artística pós-moderna são os movimentos do mercado de arte. De um tempo para cá eles se tornaram os marcos da arte balizada pelo viés econômico. As disputas por preços se tornou uma espécie de roteiro de novela. A mídia faz uma resenha diária dos episódios. No penúltimo capitulo um artista bate seu próprio recorde. No capitulo seguinte os jornais informam que uma rival acaba de ultrapassar o lance da concorrente. Mas, afinal, você se pergunta; sobre o que estão falando?Será que o ápice da inteligencia de quem escreve e a submissão de quem lê se restringe a lógica do consumo:o melhor deve custar mais?
    A manobra lembra a estrategia da Volkswagen na disputa com a Fiat pelo mercado de classe media instruída.
    O marketing parte do principio de que o público não sabe nada, ninguém ousa comentar e não tem outro interesse além do status das marcas e das ofertas dos concorrentes.
    Aliás,no geral, o que hoje se destaca no mercado de arte são os modelos híbridos de artesanato cafona com preço de grife sofisticada.
    Mas, isso é café pequeno quando se trata de grandes cifras do mercado internacional de arte.
    Nesse canto luxuoso do planeta abrigam-se os apaniguados. Essa gente tem poucas semelhanças com a espécie humana comum. Seus super poderes financeiros os coloca acima dos simples mortais. Porém,esse status não os protege contra os lobos do sistema.
    Ao contrario.
    Nesse mundo de códigos voláteis todos são vitimas presumíveis.Só lhes falta a chance e a oferta certa para tomarem a rota do senso comum,onde critério e escolha não mais lhes pertence.
    Já enterrei todas as assinaturas de periódicos.
    A internet viralizou as promoções.O que um carteiro levava dois dias para entregar,a web deposita as carradas na sua caixa postal.Em milésimos de segundos,zilhões de bits de propaganda invadem sua rede.
    Mesmo que delete compulsivamente todo o entulho supostamente informacional,você não será esquecido pelos remetentes bem intencionados que te lotam de bits porque acreditam que estão fazendo um bem danado ao enviarem publicações sobre a soberba do mundo artístico da atualidade e suas estratégias de difusão cultural.
    Ingênuos ou malévolos, engoliram e compartilham o slogan: ‘informação[ainda que babaca] é poder’.
    Sai dessa mano!
    Informação também é manipulação e controle!
    Compartilho com vocês as ultimas ‘infos’ (na ordem de importância financeira)que recebi –de graça- sobre as ocorrências mais ‘expressivas’ divulgadas com destaque pela mídia internacional sobre a arte da atualidade.
    É um desfile de soberba!

    Essa merda tem algum valor?
    Abre novas perspectivas sobre o conhecimento? Ampliam a nossa percepção sobre o fenômeno da arte? Nutrem nossa existência?Transcendem a mediocridade do real?

    http://www.ft.com/cms/s/2/982b100c-2f3f-11e2-b88b-00144feabdc0.html#axzz2COFHSOPJ

    http://www.artinfo.com/news/story/839048/is-keith-haring-undervalued-insiders-bet-big-on-a-correction